terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Nihil, o final.

Então tudo era vazio, clamou o poeta
Ele procurava razoes, não encontrava
Não era feliz, nem triste
Imagem despedaçada, era vazio
Pensara em se matar, nem isso valia a pena
Ele fechou os olhos, o abismo retornou o olhar
E agora o que fazer, escolhera viver
Destruíra toda sua fé, não existia saída
Ele foi à floresta, abraçou seu destino
Encontrou-se perdido, achou o caminho
Estava vivo. Era a vida. Era vazio
Caminho, esguio, sem fim
Fazia frio...
Muito frio...
Depois de sua jornada, reconstrução
O vazio tomava forma, era agora tangível
Voltara para a selva, vira o palhaço, sentira o cheiro do ópio
Ajoelhou-se o palhaço sorriu... E se fora do mundo dos vivos
Entrou em seu apartamento
Acendeu um cigarro
Bom amigo de outras eras
Não que isso fizesse diferença
Mas sim, apenas porque quis
E foi feliz

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