sábado, 5 de dezembro de 2015

Caminhante noturno parte 1

Estava ele entre prosa e poesia
Pele rasgada pelo pecado
_Tem café, pode me dar um cado?
Disse ele ao avistar um viajante
Para surpresa do protagonista
Dessa vida sem respostas
Não fora visto nem ouvido
Apenas um grito sem resposta
_ Aí meu deus um acidente
E o viajante foi ver se tinha gente

Dúvida



Não existe verdade nem mentira tudo é uma ilusão, de olhos fechados tentei acreditar em minha vida.
Hoje sou o retrato de algo que você em minha alma, no âmago negro de meu coração. Poeta vazio coração frio, observando o mundo sem tomar partido.

Fardo

Estou indo embora
Carrego meu fardo 
Pedindo de um mundo vazio 
Um pouco de amor
Mil tragédias a minha volta 
Aqueles que se foram
Ninguém volta
Sem existir alguém
Que atenda minha dor
Levanto minhas mãos
Adeus...

Abismo

Me joguei em seu abismo, me entrelaçando nas sombras de seu sorriso falso... Encontrei uma faca enferrujada e cortei os laços que possuíamos, cada laço feito de mentiras e ilusões. Hoje caminho pela hipocrisia do mundo, cuspindo sangue em ilusões febris sem esperança de voltar.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Pedacinhos do Passado

Com um sorriso me disseste olá.

Um suspiro... Desviaste o olhar

me digas o que queres de mim

uma epigrafe nessa vida sem respostas

 

Um arrepio corre pelo teu rosto

 sou assim  tão relevante ?

 Relevância perdida

infância esquecida

No banco do parque

na chuva...

 

Esquecidos na estradinha de lama

chorando em um abraço apertado

presente ou passado ?

 

Pedacinhos assim da vida

que passam e ficam na memória

 

Tentei sonhar, não consegui

domingo, 2 de agosto de 2015

Epigrama do Passado

Calejado, olho para o inicio, vejo o meio procuro o fim
nada faz sentido, fecho os olhos...reflexo partido
distorcido, estilhaçado.
Fim

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Caminho sem fim II (Alegria)

Oi, toque a campainha.
Para cada sonho que tiver
Deixe um sorriso
Mas nunca esqueça

De olhar pela janela
E ver as gotas de chuva
caindo como lágrimas
mas nunca se esqueça

De ver o nascer do sol
iluminando tudo
deixando seu calor
mas nunca se esqueça

De acompanhar a lua
em seu caminho gélido
Então deixe-a a ir embora
mas nunca se esqueça

Nunca se esqueça
Da alegria do sorriso
Dos caminhos feitos pela chuva
escorrendo pelo vidro
Do calor do sol
Da alegria de encontrar
E da dor de ir embora

Fim



sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Epigrama do fim

Sentado no meu quarto com uma arma em minha mão
Paro minha vida, olho o relógio e não acho solução


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Caminho sem fim (Desejo)

Olhe-me
Não me veja
Atravesse-me
Com uma faca cega
de sentimentos frios

Toque-me
Sinta de verdade
O calor emanado
pelo desejo ocultado

Envolva-me
como um manto
de sentimentos quentes

Prove-me
Sinta-se a vontade
diga que sim

caminhe pelo sabor
sem meios
sem arreios
sem pudor
sem fim

Por do Sol

Oh, gigante de brilho singelo
foste embora com o calor do dia
para nos acariciar com a noite
que a todos embala e acolhe

domingo, 18 de janeiro de 2015

Despertar

O sol nasceu
vi seu brilho
o vento correu
senti seu sabor
Estava presente
no brindar os pássaros
no cantar das cigarras
na melodia urbana

Uma rapsódia de tons crus 
Orquestrada por macacos 
hoje vestidos, outrora nus

Desperto.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Ode ao amanhecer

Acorde, acorde!!!
Olhe à volta, veja
Sorria, ame, esqueça

Caminhe,
encontre-se no infinito
perca-se em si mesmo

Ame o amanhecer
o eterno recomeço

Agora esqueço
rodopio sem saber
desapareço
trazendo a noite
Oh! doce senhora
sem pudor e sem preço


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Amor e Vício

Seguro-te  vulgar em minhas mãos
Feita de areia escorrem-se os grãos
Aos pedaços tento (em vão) te segurar
Percebo que não há mais ar

Afogado, coberto pelos grãos
Que caíram de minhas mãos
do teu semblante febril
procurando tua memoria senil

Como podes sobrar tanto ?
ao ponto de cair de minhas mãos
ao ponto de me afogar em seus grãos
feitos de memorias que não tive
de perguntas que não fiz
de um passado que não condiz
com a realidade que criei
Onde eras vício e eu teu rei

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Febre

Gotas de suor escorrem
sem rumo sem direção
levando embora a sanidade
distorcendo a visão

Pareço estar fora de mim
o mundo anda lentamente
A pele dói e não bastando
o coração está dormente

Acordo sem saber
em uma poça de suor
perdido tento crer
se ainda existe amor


Noite em Petrópolis

Estava naquele velho bar
Sentado naquela velha mesa
Contando as mesmas histórias
Fazendo a mesma coisa

Reclamava do mesmo problema
Via os mesmos rostos sem saber
aquela vida aquele mesmo dilema

Procurava motivos para crer
Nas pessoas que estavam viver 
Forçando sorrisos cálidos
Por baixo dos humores pálidos
sem nenhum argumento válido


Quando vi...
eu não sei (o que vi)

Quando disse
também não vi (nem mesmo o que disse)

Estava cá, estava
Ali (perdido)

Sorri
mas não estava contente
Menti 
mas não agradei muita gente



Portas Fechadas (Closed Doors)

Esse é um poema que fiz originalmente em inglês, para publicar no meu deviantart.
Hoje, algum tempo depois, resolvi traduzi-lo


Agora...
O Show Acabou
Pagaram as luzes
não busques cobertura
A porta Fechou

Tu consegues um lugar
Fazes algumas anotações
Então vamos sozinhos

Tu vês o sol
Enquanto eu estrelas
Estou tão próximo
Embora distante estejas


now...
The show is over
The lights are off
no need for cover
the door is closed

You take a place
I take some notes
We go alone...

You see the Sun
I see the stars
I am so near
You are so far



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Amar é um jeito proprio de sentir por joan walsh anglund

Esse é um poema que sempre me acompanhou, desde a infância aos dias atuais.

Amar é um jeito próprio de sentir....
É o jeitinho gostoso
de ter alguém que nos ouve
com paciência, e nunca dá
sinal de estar se cansando
com a conversa da gente
O amor surge quando a gente menos espera...
começa nas coisas mais pequenas
no dia em que, pela primeira vez,
fazemos confidências a alguém...
ou quando ajudamos a quem precisa da gente...
ou quando, mesmo sem palavras,
alguém sabe que sentimentos
está outro alguém sentindo.
É um sentimento feliz
que fica no coração por toda a vida.

Epigrama Simples

Apenas quem tentar contar as estrelas
há de saber o que vou dizer...
O silencio que a todos envolvem
a todos há de entorpecer.

Paraíso

Corro,
Suor, pegadas, areia, pessoas passam como vultos
Paro,
As gotas caem, o mundo para, olho a volta nada vejo
Fecho os olhos
Os sons aumentam, odores vêm e vão
Mergulho
Na mente, no corpo, no coração
Afogo-Me
Entorpecido vivo meu próprio desejo
Abro os olhos

Estou vivo
Paraíso.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Inicio

Abri os olhos e não pude ver
O que se escondia no prazer
De suas mentiras sem fim
Dos seus olhares para mim
Abusado
 Jogado
 Largado
 Morto

Minhas unhas cortavam a pele
De meu rosto e de meus sonhos
Tirando-os do casulo, mostrando
A luz que se esconde sob o manto
Abusados
Luz
Perdidos
Nus

Estrelas pintavam o céu pálido
Como a pele dos deuses mais antigos
Onde os mortos pedem abrigo

Procurado um sorriso cálido

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O palhaço e o Ópio

Por volta de meio dia
Em meio ao caos e a agonia
Estava o palhaço sem rumo
Fazendo sua ultima peça

Era uma peça sem ensaios
Uma rua, pessoas passando
Lá estava ele, caído no chão
Sem rumo, sem solução

Tamanha peça, ato único
Vômitos, sujeira, medo
A via crúcis atual
Retratada sem igual

1 hora e lá o sol estava a pino
Alguns chutavam nosso artista
Outros olhavam, então evitavam
Maravilhosa atuação do destino

Em seu ato derradeiro
Imaginava-ele que 
Chocaria o mundo inteiro
Não sabia o que via
Dor também não sentia

Ignoravam-no, como ignoravam a vida
Passando, imaginando, vivendo ilusões
Ele vivia sozinho aquele momento
Seu ultimo sacramento

Pregado pelo sol e pela multidão
Sem desfecho sem razão

A última balada


Cai de joelhos sobre a areia
Empunhava palavras cortantes
Lapidava diamantes mentais
Por dentre os monstros astrais

Armadilhas de minha mente
Um gatilho, uma arma carregada
Uma mancha de sangue e fim
Não estava mais na estrada

Estrada da vida, caminho sem rumo
De joelhos pedindo por fumo
Para qualquer transeunte imundo
Pois do poço já estava no fundo

As horas passavam lentamente
Enquanto pedaços se espalhavam na areia
Oh! Que coisa feia
A criança que assim me via
Jamais esqueceria

A mancha rubra se espalhou,
O Sino tocou
A lua se ocultou
O mundo acabou
A criança chorou
O tempo passou

Fim
 
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