quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Sacrifício

Lá estava ela
A beira do altar
Pregos enferrujados a prendiam
Ela tentava gritar...
Sem língua não conseguia
Escorria o sangue puro
E... Em algum lugar

Alguém sorria.

Amor não é real

- O Amor não é real
Gritaram os povos
Falou o profeta no final
Vinho fez do sangue mortal
Nascido de olhos azuis
Carregava o peso
Grande fardo

- Não faz sentido
Gritou o esperançoso
- Verme torpe
Vulgares palavras
Despejadas no profeta do fim
Mas ele nada via
E ao final...

Ali ele estava
Vestido de vermelho
Sangue das virgens
Que não existiam mais 

Vestido

Com sua luxuria
Despida, nua, crua.
Toque minha pele
Deseje-me, me vista.
Cubra meu corpo
Observe-me nascer
Como uma crisálida
Desabrochar em ti
Como uma flor primaveril
Doce perfume de pecado

Suave, sublime, marcado.

 
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